domingo, 9 de outubro de 2011

OPINIÃO

Não resisto.
Acabei de ler um artigo que publiquei no site do Escritório (http://www.retiadvogados.adv.br/).
Dê uma olhada, é só clicar sobre o endereço aí em cima.
E eu não resisto por que o Autor Alexander Soares Luzivetto traz uma afirmação instigante.
Diz ele: "Nosso sistema Judicial está emperrado e não há perspectivas de revitalização do mesmo a curto prazo. É possível que o Judiciário “goste” de ter ao seu crivo tamanha quantidade de processos, porque isso lhe dá poder (e orçamento). Mas estamos enveredando para uma cultura onde se finge que respeita a lei e a lei finge que regula a vida das pessoas. O resultado disto é falta de condições estatais para a resolução de coisas mais importantes. "
Ora, perdoem-me a acidez, mas quando fazia faculdade havia uma EMPÁFIA nos professores juizes e nos professores promotores de justiça porque insistiam em afirmar: O ESTADO OUTORGOU PARA SÍ A SOLUÇÃO DOS CONFLITOS E ISSO SE FAZ ATRAVÉS DO PODER JUDICIÁRIO!!! (Mais ou menos assim: NÓS E QUE MANDAMOS E ACABOU!).
E todo mundo se encolhia em sua insignificância e aceitava.
Agora, passados 30 anos eles, do PODER JUDICIÁRIO e do MINISTÉRIO PÚBLICO estão vendo que TEM QUE TRABALHAR MAIS DO QUE DESEJAVAM e passaram a ver TAMBÉM QUE SE TORNARAM ALVOS DE CRÍTICAS DA SOCIEDADE DEVIDO A DEMORA DOS PROCESSOS, e eles DETESTAM SER MACULADOS EM SUAS IMAGENS DE PERFEIÇÃO e daí passaram a inventar esse monte de mecanismos de segunda categoria, que muitas vezes implica em submissão e violação de direitos, COMO A SEMANA DA CONCILIAÇÃO AQUI E ACOLÁ, O MUTIRÃO AQUI E ACOLÁ.
Mas quando era somente deles o PODER de resolver tudo, tava bom por que EXERCIAM PODER. Eram diferentes, melhores que os outros, pois PODIAM julgar os OUTROS. Isso levava alguns deles ao olimpo. Não eram igualados a nenhum de nós, pobres mortais, os jurisdicionados.
Ao longo desses 30 anos ficaram entre a "cruz e a espada". Ai se perguntaram: "Vamos continuar exercendo exclusivamente o poder e vamos correr o risco de ser mal falados? Ou vamos nos outorgar a suprema virtude da humildade e chamar esses pobres mortais para que eles escolham se querem resolver seus conflitos judiciais ou não?
E concluiram: "Ora, se eles não quiserem, não poderão falar mal de nós"!!!!
Essa é a realidade do judiciário hoje, PARA MIM.
Me desculpem AQUELAS EXCEÇÕES - ALGUNS JUÍZES E JUÍZAS E ALGUNS PROMOTORES E PROMOTORAS.
Afirmo que ainda existem, MAS SÃO ABSOLUTAS EXCEÇÕES.

Nenhum comentário:

Postar um comentário