Veja a foto que posto abaixo. Observe o TEXTO "DOAR LEGALMENTE SEU FILHO É UM ATO DE AMOR E RESPONSABILIDADE" e logo abaixo observe a proposta do projeto "PAI LEGAL". Esse material (da foto) está num dos ambientes da Vara da Família de BC/SC.
Não me conformo e não posso deixar de dar minha opinião.
As estatísticas demonstram que um filho "passível" de "doação" não nasce na classe C, nem na classe B e muito menos na classe A.
Então, via de regra, são filhos da classe do 1/3, ou seja: UM TERÇO POBRE E MISERÁVEL DE NOSSA POPULAÇÃO. Como também, via de regra, não é o PAI - que engravidou a MÃE E NORMALMENTE A ABANDONA À PRÓPRIA SORTE - que fica com o bebê recém nascido. Então, a tal mensagem (DOAR LEGALMENTE SEU FILHO É UM ATO DE AMOR E RESPONSABILIDADE) a princípio e até que se comprove o contrário, É DESTINADA À MÃE, ou, à mulher.
A 'ideia' então, embutida nessa mensagem é mais ou menos assim: VOCÊ MULHER, POBRE, SE DER SEU FILHO AQUI PELO FÓRUM, SAIBA QUE ESTARÁ FAZENDO ALGO GRANDIOSO, UM GESTO DE AMOR E DE RESPONSABILIDADE.
Em contraponto a isso, e parece que por puro desprezo do que uma mãe e um filho sentem (pensamento masculino), afixaram a proposta do projeto PAI LEGAL logo junto.
Nesse projeto a ideia que a mensagem passa é justamente o contrário daquela passada para a mãe.
SIMULTANEAMENTE a toda essa realidade, O QUE UM FILHO OU UMA FILHA MAIS QUER É SUA MÃE. (Será que só eu sei disso?)
Ora, se a justiça da infância, assim como todo o sistema vigente e todas as pessoas deste país e deste mundo devem se render e atender A PRIORIDADE QUE É A CRIANÇA, ou seja, O QUE ELA SENTE, PENSA E QUER, por quê os operadores da justiça afeta a família INSISTEM em não dar ouvidos ao que a PRIORIDADE QUER? Que é SUA MÃE?
Porque pensam como MASCULINOS!. E assim, tratam(amos) a MÃE POBRE como se fossse o "negro" do mundo. É. Aquele negro que maltramos nos séculos passados com a escravidão. Lá açoitavamos aquele negro. Hoje açoitamos o sentimento da mãe pobre dessa forma: investindo em projetos para tirar dela o filho (para algumas a última coisa que possuem).
Nada contra o MASCULINO, mas já chegamos a sociedade em que MAIS DA METADE da população é FEMININA. Como permitimos que essa idéia se propague sem nem ao menos discutí-la? Afinal, a afixação desse material na vara da família de BC/SC permite supor que nas outras varas de família dos outros fóruns de justiça do Estado se fez a mesma coisa. Isso significa uma ACEITAÇÃO silenciosa da idéia que A MÃE PODE SOFRER COM A ENTREGA DO FILHO (e todas invariavelmente sofrem). O FILHO PODE SOFRER COM O AFASTAMENTO DE SUA MÃE (quando chegam a idade madura começam a se questionar) ENQUANTO QUE O HOMEM - AQUELE QUE ENGRAVIDA A MULHER E A DEIXA A PRÓPRIA SORTE A TAL PONTO QUE AGORA É ALVO DO PROJETO PAI LEGAL, a confirmar esse dado, É TRATADO COM A IDEIA DE QUE ELE É QUE É O BACANA.
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