Em entrevista à revista Carta Capital, a presidente Dilma Rousseff afirmou que além das razões éticas, é uma questão de eficiência combater a corrupção. "Um governo que se deixa capturar pela corrupção é altamente ineficiente. É inadmissível diante de tão pouco dinheiro que temos para fazer as coisas. Então, por uma questão não só ética e moral, mas de eficiência, você é obrigado a tomar providência", declarou.
Em conversa com advogados aqui na conferência, que trabalham com muita frequência em Brasília, ouvi que "a corrupção em diversos escalões (para alguns em todos) é praticamente oficial", até - pasmem, numa simples corrida de táxi. É, isso mesmo, uma simples corrida de táxi. Como assim?
Me disse o colega que em Brasília o taxista não costuma usar o taxímetro. O passageiro entra e "não reclama". A corrida começa e ao chegar ao destino, o taxista cobra 100, 150, 200 R$ por um serviço que custaria metade disso se estivesse sendo controlada pelo taxímetro.
A explicação é a seguinte: há um entendimento de que, quem transita por Brasília ou é funcionário público (pago pelo dinheiro do contribuinte) ou é contratado de alguma empresa (!) e daí é pago por algum empresário. Então, paga-se, simplesmente, aquilo que o taxista pede!
Basta que haja o tal 'recibo', por uma questão de prestação de contas, é claro.
Ora, sendo isso verdadeiro, aceito sua crítica de que é, de todos os males, talvez o menos grave, mas daí replico dizendo que MESMO MODESTO (DIANTE DE TANTOS OUTROS), É UM COMPORTAMENTO QUE PROMOVE A CORRUPÇÃO, QUE NOS CONTAMINA, QUE NOS VICIA, daí para achar isso normal e passar a praticar hábitos semelhantes, é um "JÁ".
E, mais: se é realmente assim, tenho que lamentar (por que torço pela Presidente Dilma),e sou obrigada a acreditar que esse governo (e outros também), já não tem mais eficiência.
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