terça-feira, 13 de janeiro de 2015

PUERTO IGUAZU, Argentina

Fiquei impressionada com essa cidade. É relativamente pequena [70 mil habitantes], vivendo essencialmente do turismo. Os argentinos são pessoas que aparentam ter qualidade de vida, afinal, com exceção da parcela pobre da população, têm casa, veículo, trabalho, ótima comida e excelentes vinhos. A cidade - que do meu ponto de vista é pitoresca - está sem cuidado, ruas cobertas de barro sobre o calçamento com pedras do rio [ainda do tempo do descobrimento, parece-me]; sujeira e abandono. Conversando com Myrtha e Carlos, nossos amigos que residem aqui há muitos anos, dizem ser o retrato de uma classe política que não tem respeito por sua população. Quando perguntei como justificar que um prefeito não aformoseie sua cidade [pois é óbvio que isso agrada a população que vota] me disseram que é por conta da própria população cuja maioria é dependente dos subsídios públicos, ou seja, votos cativos. A resposta não me satisfez. Ainda continuo achando que o prefeito - apesar de ter um eleitorado "cativo", é estúpido pois se cuidasse bem dessa cidade todos os indicadores melhorariam, e ele deixaria um registro histórico sobre seu nome.
A nota TRISTE fica por conta das crianças que vi perambulando pelas ruas, até altas horas da madrugada, vendendo pedras extraídas das minas de Wanda, próximas de Puerto Iguazu. Há nelas uma geração perdida, O QUE NÃO É ACEITÁVEL SOB QUALQUER ASPECTO.

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