quarta-feira, 2 de abril de 2014

Como eu lamento!

Não sobra tempo para escrever no blog, muito embora não faltem assuntos. Alguns amigos cobram minha atuação, outros fiscalizam, e a falta de tempo ri de tudo isso.

Senti agora uma leve melancolia, e como está na hora do almoço, desabafo.

A atividade profissional está hoje no centro de minha atenção. Simultaneamente continuo participando ativamente das atividades da OAB/SC onde presido uma comissão estadual [Criança e Adolescente] e da OABSC Subseção Balneário Camboriú, onde compareço prestigiando a Diretoria, o Conselho de Notáveis, as Comissões e a Caixa de Assistência. Em paralelo e com a mesma importância, desempenho meu papel social na VILA que hoje comporta duas ONGs - Casa da Criança do Brasil e ACESA, lá também acompanho o desenvolvimento do projeto holístico que vai trabalhar com mães, pais e familiares das crianças daquele bairro dos Municípios, tão importante na época de eleição.

Tudo isso me mantém intensamente ligada na minha defesa e na defesa da Casa da Criança nos processos movidos - alguns apenas para destruir aquele trabalho, o que  conseguiram, pois o programa de abrigo acabou. Mas graças a tudo isso que acabou, penso hoje, muito embora não precisasse ocorrer com tanto sofrimento.

Quantas vezes lá na Casa eu pensava: "meu Deus, até quando vamos abrigar crianças!"

O problema é que, diante de tudo o que fizeram e do que aconteceu, eu não me "acadelei", para usar uma expressão [se não me engano] de Lênio Streck,  e estou recorrendo contra tudo. Não somente recorrendo, também estou me defendendo. Nesta semana estou apresentando RESPOSTA A ACUSAÇÃO em ação penal contra mim movida pelo MPSC, tudo por causa das opiniões críticas, as vezes ácidas, que expressei aqui nesse blog contra a forma como o poder judiciário e o ministério público agiu no caso da Casa da Criança e nos casos de desabrigamentos de crianças nesta região.

A minha crítica não é somente contra eles. É contra todo o sistema que "diz" que cuida dos direitos das crianças e adolescentes. A tal "rede" que a realidade me mostrou "ser perversa"!

Agora estou mexendo em documentos para sustentar essa defesa e o que encontro? SETE VOLUMES de processos EM SEGREDO DE JUSTIÇA cujas cópias "alguém" forneceu à OABSC na gestão da presidência da OABSC de Paulo Roberto de Borba, que pretendia "me ferrar" também por causa de minhas críticas contra sua gestão.

Trata-se de DOIS processos contra a Casa [que tramitam em segredo de justiça] e mais CINCO processos movidos pelo MPSC a respeito de crianças abrigadas [que tramitam em segredo de justiça].

Essas cópias foram fornecidas por alguém de dentro do "sistema". Vou descobrir e vou levar ao conhecimento do CNJ e da Corregedoria. Um desses processos visava apurar uma "denúncia" daquela ignóbil ex-presidente do conselho tutelar de BC, a respeito de um "suposto" estupro de crianças "dentro da casa da criança". Consultei esse processo agora pela internet e o Promotor que nele atuava assim se manifestou, em 01/11/2011: "... Deste modo, como a materialidade do crime não foi demonstrada e tendo em vista que em situações como esta não há outras diligências a serem efetivadas, pois todas aquelas possíveis já foram realizadas pela autoridade policial, não resta alternativa a este Órgão Ministerial senão promover o arquivamento do presente Inquérito Policial."

NÃO SE TRATAVA de estupro, mas sim de ESTUPIDEZ daquela ex-presidente que [1] não sabe interpretar o que ouve ou [2] atendeu pedido de alguém para lançar uma denúncia falsa contra a Casa e contra mim.

Enfim. Volto a afirmar que o serviço que se presta ao direito de crianças e adolescentes pobres nesta cidade e região é péssimo; só quem ganha com isso são os técnicos e parentes que arranjam empregos nos programas que a tal rede de proteção diz oferecer.

Enquanto isso, vamos enfrentando a falta de capacidade dessas autoridades de ouvir críticas, a ponto até de violar o sigilo de processos onde a vida das crianças está exposta !!!!!

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