quarta-feira, 10 de setembro de 2014

HÁ LUZ no fim desse túnel perverso


Pedro Caetano Carvalho

Juiz da Infância e da Juventude em Santa Catarina.

    Dentro da situação de pobreza crítica em que estão mergulhados imensos contingentes de famílias, aliada à falta de programas de assistência a estas mesmas famílias, têm como conseqüência o enfraquecimento dos vínculos familiares entre pais e filhos, aumentando a população dos abrigos públicos e privados, e também o número de meninas e meninos nas ruas das grandes cidades. Como lembra MARIA JOSEFINA BECKER, "não se trata, no entanto, de rejeição, negligência ou abandono por parte dos pais biológicos, mas de estratégias, às vezes desesperadas, de sobrevivência, quando todas as outras alternativas de encontrar recursos na comunidade falharam" (Revista Igualdade, Caderno 8, Ministério Público do Paraná, 1995 pág. 3).


São da mesma professora as preclaras idéias a seguir transcritas. Na Adoção a solução de tais problemas, é equívoco esposado por pessoas de boa vontade, imprensa, advogados, promotores, juízes, técnicos, religiosos, etc. Muitos lamentam a "excessiva burocracia" que cerca os procedimentos da adoção legal e não falta quem justifique a prática da chamada "adoção à brasileira", de registrar falsamente a criança como filho biológico dos pais adotivos.


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